“Só poderemos usar a palavra desmobilização quando a guerra terminar”, disse numa entrevista à televisão estatal, afirmando que ficou claro que a Ucrânia descarta a possibilidade de desmobilizar as tropas enquanto durar a guerra com a Rússia.
No entanto, disse ainda Umérov, o executivo “encontrou soluções” que permitirão aos soldados que estão a combater há dois anos encontrarem as melhores possibilidades para descansarem ou serem parcialmente rendidos por outros militares.
“Estamos a trabalhar a nível jurídico, legislativo e técnico”, clarificou, dizendo que o pacote de reformas será apresentado ao “nos próximos dias”.
O projeto dará também uma resposta pública às questões levantadas pelo pedido do exército para mobilizar mais 450.000 soldados.
“Temos 3.500 quilómetros de linhas para defender. Há operações de estabilização, há operações defensivas, há uma contraofensiva”, salientou o governante.
Ao mesmo tempo, reconheceu que, tendo em conta a procura das forças armadas, o Governo e o parlamento “estão a questionar o que vai acontecer àqueles que já estão a servir no exército”.
Entre as medidas que estão a ser consideradas está a redução da idade para a mobilização de 27 para 25 anos, confirmou o ministro.
Questionado sobre as tensões entre o Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, e o Comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhni, o ministro da Defesa pediu para não se politizar a questão e sublinhou que, na área militar, aqueles que não conseguirem atingir os seus objetivos serão demitidos.
“Cumprir as nossas tarefas é o nosso trabalho”, advertiu.
Dias antes, o presidente ucraniano tinha pedido publicamente resultados ao chefe máximo das Forças Armadas ucranianas.
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