Najalah vai reunir-se com o chefe dos serviços de inteligência do Egito, general Abbas Kamel, com “uma visão clara”, que é “parar a agressão, retirar as forças de ocupação da Faixa de Gaza e realizar a reconstrução e uma troca de prisioneiros”, avançou posteriormente fonte diplomática palestiniana à agência EFE.
A condição do secretário-geral da Jihad Islâmica é que esta troca de prisioneiros seja o “tudo por tudo”, envolvendo a libertação de todos os reféns israelitas por todos os prisioneiros palestinianos, bem como o fim permanente do ataque israelita ao enclave palestiniano, indicou a fonte.
A Jihad Islâmica é uma organização radical palestiniana considerada terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que opera em Gaza, na Cisjordânia e nos campos de refugiados palestinianos no Líbano.
Além desta reunião, a mesma fonte palestiniana revelou que o Egito, na qualidade de mediador, está a preparar a organização de uma reunião tripartida que inclui também o chefe da ala política do grupo islamita Hamas, Ismail Haniye.
Haniye encontrou-se na quarta-feira, na capital egípcia, com o diretor dos serviços secretos do país, com quem discutiu propostas de troca de prisioneiros para alcançar uma trégua temporária.
Contudo, o Hamas rejeitou na quinta-feira qualquer troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, a menos que seja acompanhada de um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza.
Em 07 de outubro, o Hamas lançou um ataque contra Israel, que matou mais de 1.200 pessoas e fez 240 reféns. Posteriormente, Israel declarou guerra ao grupo islamita e iniciou uma ofensiva militar em Gaza, matando pelo menos 20.424 pessoas e ferindo 54,036, na sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
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