Onze pessoas foram acusadas, na Suécia, num caso que é já considerado o maior crime ambiental no país em meio século. O processo envolve a empresa de gestão de resíduos NMT Think Pink, que é suspeita de despejar ilegalmente dezenas de milhares de toneladas de resíduos.
Segundo o The Guardian, o lixo foi ilegalmente depositado em 21 locais em 15 munícipios da Suécia, o que o tribunal considerou como um “crime muito grave”. Durante o inquérito, foram detetados teores nocivos de arsénio, dioxinas, chumbo, zinco, cobre e produtos petrolíferos. Há três anos, zonas de Estocolmo apresentavam muito fumo, causado por um incêndio num monte de lixo abandonado pela empresa.
A NMT Think Pink considerou-se, em tempos, como a “rainha do lixo” e agora está no centro da polémica, ao ser acusada de manusear muito mais lixo do que aquele que é permitido. A empresa é ainda suspeita de causar vários incêndios, que expuseram moradores a resíduos tóxicos. A NMT Think Pink nega todas as acusações que lhe foram feitas.
Nos documentos judiciais, cinco pessoas são acusadas de um crime ambiental grave, ao gerenciar resíduos “de forma que causasse ou pudesse causar poluição prejudicial à saúde humana, animais ou plantas”.
Um promotor afirmou que a investigação preliminar, que tem 45.000 páginas, “é o maior crime ambiental na Suécia”. O julgamento deve levar várias semanas e envolver cerca de 150 testemunhas.
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