“O segredo mantido durante quase dez dias pela Rússia sobre a situação de Alexei Navalny e a sua transferência para um local particularmente remoto, para o isolar ainda mais dos seus entes queridos, enquanto o seu estado de saúde se deteriorou gravemente desde a sua prisão, constituem novos desenvolvimentos inaceitáveis e violações patentes dos Direitos Humanos”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros gaulês.
Ativista anticorrupção e inimigo número um do Presidente russo, Vladimir Putin, Alexeï Navalny, 47 anos, cumpre uma pena de 19 anos de prisão por “extremismo”. Navalny foi preso em janeiro de 2021 ao regressar à Rússia, após um período de convalescença na Alemanha, por um envenenamento atribuído ao Kremlin.
No início de dezembro, o seu registo desapareceu da colónia penal de Vladimir, 250 quilómetros a leste de Moscovo, onde até então esteve preso, o que significava a sua provável transferência para outro estabelecimento.
Navalny reapareceu hoje na colónia penal em Kharp, no Ártico russo, uma região isolada para onde foi transferido três meses antes das eleições presidenciais, que se realizam em março, e para as quais o opositor já apelou para não votarem em Putin.
“A França recorda que a Rússia é, ao abrigo do direito internacional, inteiramente responsável pela saúde dos seus detidos”, acrescentou o porta-voz do Quai d’Orsay.
Paris apela ainda à libertação de todos os presos políticos, “imediata e incondicionalmente, e ao fim de toda a perseguição legal contra eles”.
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